Objetivo
é construir e propor claúsulas nas negociações coletivas a partir de três temas
gerais: conciliação trabalho e estudo; igualdade de oportunidades; e saúde do
trabalhador.
Escrito por: William
Pedreira
Na
semana em que os/as trabalhadores/as estarão realizando uma greve geral em toda
Europa contra as medidas de austeridade, cortes nas políticas públicas e
benefícios sociais e aumento do desemprego, sempre com maior incidência contra
os/as jovens, o Coletivo Nacional de Juventude da CUT estará reunido em São
Paulo com o objetivo de organizar e aglutinar as ações para o próximo período.
A
partir do acúmulo da última gestão e do planejamento realizado pela executiva
nacional da CUT, o Coletivo construirá e organizará as bases para a
amplificação da Jornada Nacional da Juventude Trabalhadora em todo o País.
“Foi
diagnosticado durante o planejamento da executiva a necessidade de se atuar e
institucionalizar a organização da Central para dentro do movimento sindical. E
foi com o intuito de superar este desafio que foi planejada esta Jornada
Nacional, cujo objetivo é construir e propor claúsulas nas negociações
coletivas sobre o tema da juventude a partir de três temas gerais: conciliação
trabalho e estudo; igualdade de oportunidades; e saúde do trabalhador”, relatou
o secretário de Juventude da CUT, Alfredo Santos Junior.
Números
evidenciam que praticamente 55% dos jovens começam a trabalhar antes dos 14
anos, sendo que destes 60% não conseguem terminar os estudos. Normalmente,
ocupam os postos de trabalho mais precarizados, sem garantia de direitos e
benefícios, sofrendo assédio moral. “Com toda força de representação, toda a
pulverização deste Coletivo com representantes de todo o País, queremos a
partir desta jornada manter e ampliar o projeto iniciado na gestão anterior,
com fortalecimento da estrutura da CUT para dentro do movimento sindical,
construindo claúsulas de negociações coletivas, políticas que cheguem de fato a
ponta da base. Precisamos enfrentar os problemas a partir do local de trabalho,
com os jovens trazendo as suas demandas para serem incorporadas à nossa pauta
de ações”, pontuou Alfredo.
Escrito por: William
Pedreira
Ao
recordar que a Central completará 30 anos no próximo ano, Vagner destacou a
necessidade de renovação dos quadros no movimento sindical brasileiro. “É
preciso entender a juventude como o presente e o futuro da nossa central.
Vivemos, sim, uma conjuntura diferente diante de todas as inovações
tecnológicas com outras perspectivas e influências culturais. Presenciamos uma
burguesia, uma direita que controla os meios de comunicação manipulando as
informações e afastando cada vez mais o jovem da participação política e pior:
num processo de deformação de caráter, transformando parcela da juventude em
cidadãos intolerantes, conservadores e reacionários”, lamentou.
Para
modificar este cenário hegemônico, será fundamental no próximo período o
engajamento do conjunto da classe trabalhadora, dos/as jovens e de toda
sociedade brasileira na luta pela democratização da comunicação.
Assim,
a secretária de Comunicação da CUT, Rosane Bertotti, conclamou os
representantes do Coletivo Nacional de Juventude para que se apropriem do
debate e levem para suas bases a campanha ‘Para expressar a liberdade – Uma
nova lei para um novo tempo’ organizada pelo FNDC (Fórum Nacional pela
Democratização da Comunicação) que visa a aprovação de um novo marco
regulatório, garantindo o livre direito à comunicação e a liberdade de
expressão para todos os cidadãos e cidadãs.
“A
comunicação é um direito de todos/as brasileiros/as. A juventude precisa
entender a estrutura, que é arcaíca com leis relacionadas à época da ditadura,
e ter clareza sobre o papel de influência e formadora de opinião que a
comunicação exerce. Por isso, fazemos um chamado para que todos/as aqui presentes
se apropriem e levem a Campanha para suas bases, ocupando os espaços de
discussão e articulando ações junto aos movimentos sociais. A aprovação de um
novo marco regulatório é fundamental para consolidarmos uma nova comunicação,
que permita aos jovens, negros, mulheres no campo se expressarem livre e
democraticamente”, declarou a dirigente.
“Se
estamos vivendo um novo tempo na democracia brasileira não podemos aceitar mais
a criminalização dos movimentos sociais, o preconceito contra os jovens,
mulheres e negros, o julgamento midiático de uma ação penal. Precisamos de uma
nova Lei para a comunicação e isso demanda grande mobilização e pressão. Fazer
um processo igual ao que ocorreu na Argentina, onde somente com a mobilização
social, com a elaboração e organização de uma proposta, e a vontade política da
presidenta Cristina Kirchner foi possível aprovar a Lei de Meios”, complementou
Rosane.
Ao
fazer um balanço da última gestão, a diretora executiva da CUT e ex-secretária nacional
de Juventude, Rosana Sousa, recordou os desafios para a construção das
políticas a partir da recém-criada Secretaria, num trabalho coletivo e
conjunto, destacando que com a consolidação, o tema passou a fazer parte do
debate nas direções estaduais e nos ramos, com o conjunto de dirigentes
sindicais.
“Fortalecemos
também nossas relações com o conjunto dos movimentos sociais juvenis,
apresentando as reivindicações da juventude trabalhadora e influenciando na
construção de novas políticas. Ocupamos espaços importantes como a construção
da Plataforma da Classe Trabalhadora, da Agenda Nacional do Trabalho Decente, participação
propositiva no Conselho e na Conferência Nacional de Juventude e,
internacionalmente, quando ocupamos a coordenação do Comitê de Jovens da
Coordenadora das Centrais Sindicais do Cone Sul e fomos eleitos por unanimidade
como representante titular no Comitê de Jovens da CSA (Confederação Sindical
dos Trabalhadores e Trabalhadoras das Américas)”.
Já
Maria Julia Nogueira, secretária de Combate ao Racismo, destacou o processo de
transversalização ocorrido no último período entre as secretarias nacionais,
que permitiu agregar e potencializar as diversas políticas implementadas pela
Central. “Processo este que deverá ser fortalecido nos próximos anos.
Estatísticas mostram que os jovens são as principais vítimas do desemprego,
precarização e violência. Portanto, as políticas para a juventude passam pelo
fortalecimento das ações de combate ao racismo, de saúde do trabalhador,
trabalho decente, entre outras”, apontou a dirigente.
Para
o secretário-adjunto de Administração e Finanças da CUT, Aparecido Donizeti,
são três os desafios para o próximo período: manutenção das políticas
executadas no último mandato; sensibilização dos dirigentes sindicais sobre a
importância da juventude; planejamento como uma reponsabilidade de todas as
secretarias da CUT.
Ele
lembrou que nos dias 21 e 22 de novembro há uma gande possibilidade do
Congresso Nacional colocar na pauta de votação três projetos de suma
importância para a classe trabalhadora e, respectivamente, para a juventude.
Votação do fim do fator previdenciário; redução da jornada de trabalho; e terceirização. “Isto demanda um estado de
atenção e mobilização permanente de todos/as”, pontuou.
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