segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

CUT no Fórum Social Temático: agricultura familiar leva para o Sul discussão sobre desenvolvimento ambiental

A partir desta terça-feira (24), movimentos sociais de todo o mundo se reúnem em Porto Alegre e em municípios da região metropolitana da capital do Rio Grande do Sul – Canoas, São Leopoldo e Novo Hamburgo – para participar do Fórum Social Temática (FST) e discutir a crise capitalista e a reconstrução da sociedade sob a ótica da justiça social e ambiental, temas desta edição. Clique aqui para ver a programação.
Parte do Fórum Social Mundial, o encontro prossegue até o próximo domingo (29) e servirá para afinar o discurso rumo à Cúpula dos Povos na Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio+20), programada para junho, no Rio de Janeiro.
Representantes do movimento sindical cutista do campo e da cidade marcarão presença nos debates e em mais de 900 atividades para apresentar as propostas do mundo do trabalho para um novo modelo de desenvolvimento, conforme destaca o presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag), Alberto Broch. “Esse é um momento de fortalecer a unidade dos movimentos sociais e para nos prepararmos diante das dificuldades que enfrentaremos com os governos na Rio+20. Devemos tirar dessas discussões propostas mais concretas para uma situação de sustentabilidade econômica, que favoreça o desenvolvimento e a inclusão. Porque crescimento com exclusão social não é um crescimento verdadeiro”, disse.
Escrito por: Luiz Carvalho

Além de coordenar os debates da primeira mesa do FST, no dia 24, às 9 horas, no Palácio do Piratini, que terá como tema a participação social e a soberania alimentar, o dirigente integrará a oficina sobre desenvolvimento sustentável a Rio+20, no dia 26, na sede da Federação dos Trabalhadores na Agricultora do Rio Grande do Sul.
Para Broch, a principal missão é fazer com que os governantes de todo o mundo assumam compromissos com uma nova ordem. “Temos visto uma enorme dificuldade de cumprimento de acordos, principalmente nessa situação de crise global, daqueles que mais deveriam se comprometer com regras, porque foram os causadores dessa situação. Precisamos discutir o futuro do planeta sob o viés do desenvolvimento com novos padrões de consumo, produção de energia e industrialização.”
Um novo mundo na prática
O FST aproveitará também para mostrar que esse novo modelo é possível na prática. Todos os alimentos comercializados na área do encontro serão fornecidos e produzidos por empreendimentos de economia solidária como cooperativas ligadas à Federação dos trabalhadores e das trabalhadoras na Agricultura Familiar (Fetraf). Até mesmo a cerveja será artesanal.
Além de contribuir com a infraestrutura, a Fetraf também realizará uma oficina sobre agricultura familiar no dia 25, a partir das 9h, na Faculdade de Educação da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFGRS). “Queremos mostrar que o saber popular e o respeito ao meio ambiente, pilares da agricultura familiar, devem ser essenciais na discussão sobre essa nova sociedade. Essa discussão é uma tarefa coletiva para que as futuras gerações não fiquem sem acesso à comida e à água”, sintetiza Tamara Silva, assessora da federação.

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