Entidade diz que os funcionários precisam escolher entre a 'vida e a morte' dos pacientes e acusa governo de tentar 'mascarar' situação
Funcionários do Hospital Geral do Estado, representados pelo Sindicato dos Trabalhadores em Seguridade Social e Trabalho no Estado de Alagoas (Sindprev) entregaram à OAB/AL, na manhã desta quarta-feira (04), um relatório com fotos e documentos que provariam o ‘caos’ que supostamente existe dentro do Hospital Geral do Estado (HGE). Os sindicalistas denunciam que as más condições de trabalho foram agravadas após a demissão de 109 funcionários, de modo que eles precisam cumprir a intensa demanda escolhendo quais pacientes vão ‘viver ou morrer’ sem assistência dentro da unidade de saúde.
Durante o encontro, que ocorreu com o presidente da Comissão de Direitos Humanos da OAB/AL, advogado Gilberto Irineu, o movimento sindical acusou o governo de 'mascarar' a realidade do HGE. “O governo subestima o poder de indignação e a capacidade de reação dos servidores públicos. O Estado aposta que não temos coragem de expor a realidade do HGE, mas estamos provando que não temos medo. A situação do hospital é bem diferente daquela que eles vêm maquiando”, disparou Olga Chagas, que compõe a diretoria do Sindprev e também trabalha no hospital
Durante o encontro, que ocorreu com o presidente da Comissão de Direitos Humanos da OAB/AL, advogado Gilberto Irineu, o movimento sindical acusou o governo de 'mascarar' a realidade do HGE. “O governo subestima o poder de indignação e a capacidade de reação dos servidores públicos. O Estado aposta que não temos coragem de expor a realidade do HGE, mas estamos provando que não temos medo. A situação do hospital é bem diferente daquela que eles vêm maquiando”, disparou Olga Chagas, que compõe a diretoria do Sindprev e também trabalha no hospital
COM FALTA DE MACA, PACIENTES FICAM ESTENDIDOS NO CHÃO DOS CORREDORES.
Na audiência, a dirigente pediu que a OAB/AL fizesse uma visita surpresa à unidade de saúde. “Tem que ser uma visita realmente inesperada. Porque, se avisarem, a direção vai dar um jeito de remediar a situação de caos. Quando o Ministério Público Estadual avisa que vai ao local, eles retiram os pacientes dos corredores, jogando parte deles dentro de uma sala e transferindo a metade para outros hospitais. É assim que eles fazem de conta que está tudo bem. Por isso, a necessidade de ser surpresa. Se assim o fizer, a Comissão de Direitos Humanos vai poder constatar o que realmente acontece naquele lugar”, afirmou Olga Chagas.
Denunciando o pouco número de funcionários para a alta demanda, a sindicalista também afirmou que a sobrecarga termina por comprometer o atendimento - e até mesmo a vida - de muitos pacientes. “Se temos 50 pacientes para cuidar, e conseguimos atender 15, ficam outros 35 sem tratamento básico. Nós precisamos escolher quais os pacientes vamos atender e, mesmo sem querer, estamos selecionando quem vai sobreviver e quem vai morrer pela falta de atendimento. No HGE nós não temos nem condições de trabalho dignas e nem salários decentes”, disparou ela.
Após ouvir detalhes sobre o relatório entregue nesta manhã, o presidente da Comissão, Gilberto Irineu, informou que vai entregar toda a documentação ao Ministério Público. "Em seguida, repassaremos esse documento à Procuradoria Geral de Justiça", conclui.
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